PSICOPEDAGOGIA: A IMPORTÂNCIA DAS
PRÁTICAS
PSICOMOTORAS
Shiren
Henrique de Carvalho Rosa - FASAR - Faculdade Santa
Rita
A psicopedagogia
busca respostas que expliquem o baixo rendimento escolar,
utilizando as contribuições de diferentes áreas para intervir,
no sentido de reverter os problemas diagnosticados. Neste
estudo, buscou-se avaliar a eficácia da intervenção
psicopedagógica através de atividades psicomotoras e jogos.
Está
confirmado que crianças aprendem mais rapidamente através do
concreto, justificando assim o uso dos jogos, que promovem o
desenvolvimento espacial, o prazer e a motivação de forma lúdica
e eficiente em detrimento de um treino mecânico dessa habilidade
(exercícios gráficos). A psicomotricidade
colabora com a educação escolar e utiliza o movimento para
atingir outras aquisições mais elaboradas, como as intelectuais.
Proporciona ao aluno condições mínimas para um bom desempenho
escolar por meio do aumento do seu potencial motor. Entendida como
preventiva, a psicomotricidade oferece condições para que a
criança se desenvolva adequadamente em seu próprio ambiente; ou
também reeducativa quando trata de indivíduos com dificuldades
motoras. Dentro da psicomotricidade podemos destacar alguns
elementos básicos a serem considerados: coordenação global e
óculo-manual, esquema corporal, lateralidade, organização
espaço-temporal, discriminação visual e auditiva. É preciso estar
muito atento, pois os sintomas das dificuldades motoras podem
manifestar-se subjetivamente dificultando um diagnóstico correto
e uma intervenção adequada. Aliando os
conhecimentos da psicopedagogia às possibilidades de intervenção
psicomotoras optou-se pela aplicação de um conjunto de jogos,
explorados em sessões clínicas, com uma criança de 10 anos de
idade, atualmente aluno do Ensino Fundamental. A escolha dos
procedimentos justifica-se na medida em que este apresenta um
desenvolvimento motor aquém do esperado para a idade/série, que
pode explicar seu baixo desempenho escolar. Cabe ressaltar que,
os procedimentos e resultados avaliados neste texto são parte de
um estudo de caso que, por meio de instrumentos como o TOP –
Teste de Organização Perceptomotora, Exame Motor Soubiran,
Anamnese, Informação da Escola e Hora Lúdica, evidenciou também
que a referida criança apresenta suspeita de baixo nível
intelectual de ordem genética ainda não confirmada. Tendo em vista o
diagnóstico, as intervenções foram planejadas com jogos e
atividades lúdicas. A intenção primordial foi estabelecer um
vínculo de confiança entre profissional e paciente, uma vez que
este mostrou-se tímido e resistente a algumas atividades
propostas por ocasião do diagnóstico. Por meio dos jogos
trabalhar-se-á a imagem corporal, lateralidade, organização
espaço-temporal, coordenação motora fina e equilíbrio estático.
Ao final desse trabalho pressupõe-se que a criança escreva com
maior segurança, com um traçado firme e estável; desenvolva a
habilidade de copiar atividades de outros lugares, sem se
perder, com compreensão do que foi lido, realizando as
atividades de forma produtiva e eficiente. Espera-se também que
o aluno tenha sua auto estima elevada e demonstre com mais
confiança aquilo que sabe. Em suma, recorremos
a Le Boulch (1994) para enfatizar que o psicopedagogo precisa
compreender as fases do desenvolvimento psicomotor da criança,
bem como o período sensório-motor (Piaget), no sentido de
esclarecer a importância do movimento e do desenvolvimento do
esquema corporal como requisito fundamental ao crescimento
global das crianças, em seus aspectos cognitivo, motor e
emocional.
Palavras
Chave:- Psicopedagogia. Estudo de Caso. Psicomotricidade.
Diagnóstico. Intervenção Clínica.
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