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COMÉRCIO JUSTO: ESTRATÉGIA DE COMERCIALIZAÇÃO E SUSTENTABILIDADE ECONÔMICA DE PEQUENOS PRODUTORES RURAIS - O CASO COAGROSOL.

Clóvis Mancineli: FACITA - Faculdade de Itápolis
 Oscar Tupy: UNIARA - Universidade de Araraquara / EMBRAPA - São Carlos

 Vera Mariza H. de Miranda Costa: UNESP - Araraquara

 

O processo de concentração de capital na fruticultura, sobretudo no agronegócio citrícola tem-se intensificado. Do lado da indústria, em razão da presença de grandes processadoras, desde o início do processo de produção de suco e das estratégias de Fusão & Aquisição adotadas pelo segmento processador. (BORGES; COSTA, 2006) Na produção da laranja além da existência de grandes produtores, a partir do final dos anos 80 do século XX, as indústrias processadoras de laranja adotaram como estratégia a ampliação de sua “produção própria”, tornando-se grandes produtoras de frutas, apoiadas na utilização intensiva de capital e tecnologia, colocando em risco a sobrevivência dos pequenos e médios produtores. Acrescente-se o fato de que a concentração do segmento industrial de processamento de frutas cítricas viabiliza a imposição de preços e condições de produção aos produtores de menor porte, deixando-os sem opção de mercado. Nesse contexto, os pequenos e médios produtores, atuando de forma individualizada, além de menos competitivos no processo de produção, estabelecem um alto grau de dependência tanto em relação às indústrias de processamento quanto aos atacadistas que comercializam a fruta in natura, uma vez que, em geral, os dois segmentos praticam preços alinhados. Assim sendo, procurar novos mercados para a sua produção torna-se uma estratégia vital para os referidos produtores. O objetivo deste trabalho é analisar a organização de pequenos e médios produtores rurais em uma cooperativa para produção, processamento e comercialização, através do “comércio justo”, de frutas e legumes, parte das quais produzidas no sistema orgânico certificado, como estratégia de sustentabilidade. Foi escolhido para estudo o caso da Cooperativa dos Agropecuaristas Solidários de Itápolis-SP, que atua nos mercados interno e externo, diferindo das demais cooperativas da região, que apenas atuam na produção agrícola e comercialização de insumos para seus cooperados. Nessa empresa, por meio de pesquisa de campo, foram levantados dados e informações sobre sua estrutura, organização e funcionamento, bem como sobre os cooperados. Nesse cenário, por um lado, a organização em cooperativa pode ser considerada uma estratégia para esses produtores, principalmente se agrega valor aos produtos. Por outro, a produção orgânica abre portas para “nichos de mercado” ampliando a competitividade de produtores de menor porte. O presente trabalho relata o caso da cooperativa que atua na produção orgânica, industrialização e comercialização de frutas e legumes, para os mercados interno e externo, como estratégia de sustentabilidade, mantendo também a produção convencional. Suas estratégias estão estruturadas a partir de sua organização – como cooperativa; de sua produção – orgânica; e do comércio justo. O estudo realizado possibilitou atestar resultados positivos das estratégias adotadas.

 

Palavras-Chave: Agronegócio, fruticultura, cooperativismo, mercado justo, produção orgânica.

 

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